'O que eu pensei não era tudo tão inocente era um delicado boneco de porcelana que acabou por partir se'
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
lembras-t?
Eu tinha tanto medo, dizia-te…
“Tenho medo de te perder, não consigo viver sem ti…”
E tu sempre com aquele sorriso na cara me dizias:” - não tenhas amor, isso nunca vai acontecer…”
Lembras-te? Eu lembro-me tão bem…
Tinha tanto esse medo…
Agora que nos aconteceu? Já nem nos falamos, tudo o que tinha ontem, não tenho mais hoje… tinha o mundo nas minhas mãos, eu era simplesmente o teu primeiro plano e agora que sou? Talvez uma desconhecida é certo, ou uma qualquer que te passa despercebida pelas folhas do teu caderno…
Pensava sempre com uma lágrima no canto do olho em como seria se te perdesse, e que não sobrevivia mais, … mas este foi o passado, neste presente vivo a cada dia que passa a pensar não com uma nem com duas mas sim com milhares de lágrimas a escorrer o meu rosto no nosso reencontro, como será ver-te e não te poder tocar, muito menos beijar…
Não vale de nada acreditar que foi alguém, que é alguém, que será alguém. Não vale a pena pensar o que mudou, o que muda, ou o que mudaria. Não vela a pena imaginar o que seria. Ou inventar o que foi. Não vale a pena esperar que seja assim. Não vale mesmo de nada pensar que conseguiria, porque talvez não conseguiu.
Esse mundo continua vazio, mesmo com a esperança que chegasse e que preenche-se. Mundo tal que vive na sombra, que sobrevive à escuridão e que procura a luz.
Não é nada. Não é ninguém. Não foi nem será. Talvez a passagem que se construiu foi forte, foi surreal, foi invisível demais. E que ninguém se apercebeu que precisa de ser transpostada.
Não valeu de nada a tentativa, se valeu foi de pouco, foi de menos. Não vale a esperança que uma vez mais nos iludiu.
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